terça-feira, 11 de setembro de 2007

Um dia tinha de ser

Agora nao vou mais fazer contas de cabeça para saber a que horas voltas ou daqui a quanto tempo te vais embora outra vez - Foi esta a frase que eu inventei para dizer que nao espero mais por ti Pedro.Custa-me ir embora mas tem mesmo de ser.

Desculpa, desculpa, adeus e desculpa. Podia continuar mas ia acabar por dizer que gosto muito de ti, tu ias continuar com as eternas duas horas em que entras e sais da minha vida como um relâmpago. E eu ia continuar à tua espera, porque sei que no fundo sempre voltas.

É sempre assim, e apesar de momentos em que acho que te conheço como a palma da minha mão e outros em que penso que se te vir na rua não te reconheço, uma coisa sei sempre, que vais, e que voltas. Não importa quanto tempo demora essa tua chegada, ou quantas horas demora depois a tua partida. O que interessa é que voltas, e isso é o suficiente para eu continuar à tua espera, continuar a dizer o quanto gosto de ti, a achar que é possivel, continuar a acreditar, continuar a viver de recordações, de sentimentos, momentos e sorrisos.

Ou pelo menos, era.
Porque agora já estou farta desta espera e do adeus que depois tenho de dizer quando decides partir, novamente, com todas aquelas tuas desculpas já gastas e aquelas palavras tão velhas, tão sujas, que teimas sempre em dizer. Agora já inventei a frase para dizer que quando voltares, já não estou aqui à tua espera, com o eterno sorriso que sempre te dei. Já inventei a frase para dizer que não espero mais por ti.

Desculpa, um dia tinha de ser.

E se não escolheste tu, escolhi eu.

Não por ti, não por mim, por nós.

Escolhi, e o dia é hoje.